quarta-feira, 8 de abril de 2015
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA BERLENGA E A DITA
No conturbado período
revolucionário um grupo de cidadãos preocupou-se com a evolução futura da
Berlenga, dada a indefinição do seu estatuto e, também, do destino que iria ter
o Forte de São João Baptista, que continha os despojos da antiga pousada e
estava, permanentemente, a ser vítima de actos de vandalismo.
Constituíram-se sob a forma de
associação com o propósito de exercerem um acto de cidadania, unidos pelo ideal
comum de ajudarem as entidades locais na solução de problemas diversos
existentes e oferecendo o seu esforço pessoal para o que fosse necessário.
Acto de cidadania, um mote que
se ouve muitas vezes na boca eleitoralista de alguns políticos e que, no caso
da Associação dos Amigos da Berlenga, não foi aceite e, diria até, foi
repudiado.
Como em tudo há sempre algumas
honrosas excepções e por isso há que as salvaguardar, até porque a Associação
foi bem recebida no seu arranque e pertenceu ao Conselho da Reserva por
imposição da edilidade, porém, outros foram criando obstáculos e desprezando a
desinteressada colaboração.
Tratou-se, julgo eu, de receio
de que alguém partilhasse os louros das realizações que se efectuassem, ou de
disputa do poder de que, quer políticos, quer técnicos, sempre reclamam,
avidamente, para si.
Não há outra forma de
classificar o sucedido, até porque o grupo, constituído, inicialmente, por 21
elementos foi bastante alargado e era, em matéria de conotações políticas,
totalmente abrangente.
Mas a Associação dos Amigos da
Berlenga lá vai sobrevivendo, embora limitada na sua acção, à espera de um dia
poder alargar os seus horizontes em prol da Berlenga, sua razão de existir.
É pena que actos de cidadania,
como este, não sejam verdadeiramente acarinhados.
Abril de 2015.
João Avelar
(Escrito fora do actual acordo
ortográfico)
Etiquetas: Berlenga
Subscrever Mensagens [Atom]
Enviar um comentário
Este blogue não responde a comentários anónimos e apenas responde a perguntas dos comentadores.